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quinta-feira, 7 de abril de 2016

Como termina nossa caminhada? - Ronaldo Jesus



*Por Ronaldo Jesus

Mateus 13.47-52

Nem na literatura judaica antiga, nem nos escritos dos essênios, nem em  Paulo, nem no Talmud, nem no Midrash, encontramos algo que possa ser comparado às parábolas de Jesus. Elas nos conduzem antes ao coração pulsante da vida do dia-a-dia á analogia, pela proximidade com a vida, por sua simplicidade e clareza, por uma compreensão amorosa para com os desclassificados em termos religiosos.



Portanto, enquanto definição, parábola, que no grego é parabole, significa "por ao lado de" com sentido de "comparar" usado para uma história breve; proferido por Jesus 41 vezes nos evangelhos sinóticos. É o terceiro grande discurso de Jesus onde fala sobre o Reino dos Céus. Dos quais temos o Sermão da Montanha, trabalho e conduta dos discípulos e a dispensação do fim.  

Entre alguns escritos tais como o Targum, livros apócrifos, o Qaddish e Josefo, raramente se encontra o termo "Reino" (de Deus), a Basileia, termo grego para o Reino dos Céus.

"O fato de Mateus usar o termo "Reino dos Céus" e não "Reino de Deus" era porque pelo fato de Mateus ser judeu e estar pregando para judeus, tinha um profundo respeito pelo nome divino", disse o profº Ronaldo Jesus

Versículo 47 - O Reino dos Céus, dito 25 vezes em Mateus, totalizando 54 vezes nos evangelhos sinóticos e em parceria com Lucas 9, temos 63 vezes.

Obs: o fato de Mateus usar o termo "Reino dos Céus" e não "Reino de Deus" era porque pelo fato de Mateus ser judeu e estar pregando para judeus, tinha um profundo respeito pelo nome divino.




Versículo 48b - É ainda semelhante à rede lançada ao mar, diktuon, rede de pesca em grego. 
Denota-se uma rede de arrastão onde não poderia ser manuseado por uma única pessoa.

O capítulo 13 de Mateus diz respeito a três parábolas sobre agricultura. Dessas Jesus insere a da pesca. A parábola da agricultura fala da semente: jogada em terrenos diversos, terreno duro, terreno pedregoso, terreno de espinhos, e, por fim, terreno bom. É uma semente e vários tipos de terrenos. A semente, por sua vez, é a Palavra de Deus, e o terreno o coração dos homens. Depois Jesus conta outra parábola, a do Joio e do Trigo. Aqui é o contrário - se a Parábola do Semeador é uma semente para vários terrenos, aqui são dois tipos de sementes para um coração.




Versículo 47c - Que apanha tudo. O Reino dos Céus é como uma rede que apanha todo tipo de peixe, quando os pescadores arrastam essa rede ele pegam todo tipo de peixe.

Versículo 48 - Quando está cheia puxam até a praia e, sentados, juntam o que é bom em vasilhas, mas o que não presta jogam fora. Desta forma, temos peixes bons e peixes ruins, porque vem todo tipo de peixe: bagre, todo tipo de sargaço (algas), vem peixes que não servem para nada. Esses tipos o pescador joga fora.

Versículo 49 - Então disse Jesus: Assim será o fim do mundo.
Os anjos do Senhor irão pegar a rede da Palavra que trouxe todo tipo de peixe, então ele irá separar o que é e o que não é. O que chama a atenção nessa parábola é que é lida pelo fim e não pelo começo; porque não importa como o peixe chegou na rede; importa é que no dia em que a rede for puxada e ter que separar um dos outros qual será o tipo de peixe que estará lá dentro?




Não é o processo de pescar, e o de separar peixe por peixe, porque na pesca vem de tudo, e na separação dos peixes que sabemos quem é quem. É uma parábola que vai falar não do nosso começo, mas como iremos terminar nossa jornada aqui na terra. Porque todos nós estamos nessa qualidade de peixe, em que nossa qualidade será examinada. 

Esse aqui é um peixe bom ou um peixe ruim? Ronaldo é bagre, Ronaldo é atum ou nobre como o salmão? É peixe de lama ou é traíra? É robalo ou é sardinha? Mas isso não é feito no começo do processo, e sim no final do mesmo.




Essa parábola inverte nosso processo de pensamento, como exemplo, o Evangelho não é um processo que junta apenas, o Evangelho é um processo que separa. A pregação junta um monte de gente, junta cerca de três mil pessoas. O Evangelho vai separar nessas três mil quem é bagre e quem é salmão.

Mensagem do Evangelho não junta apenas, a mensagem do Evangelho também purga, limpa os auditórios, porque nós estamos tão acostumados com a mensagem - venha, queira, unam-se, participe, venha para Jesus, o evangelho é lindo - essa mensagem junta mutas pessoas, mas o evangelho quando junta toda essa gente vai fazer separação de quem é quem.

"Mensagem do Evangelho não junta apenas, a mensagem do Evangelho também purga, limpa os auditórios, porque nós estamos tão acostumados com a mensagem - venha, queira, unam-se, participe, venha para Jesus, o evangelho é lindo - essa mensagem junta mutas pessoas, mas o evangelho quando junta toda essa gente vai fazer separação de quem é quem", disse o professor.

Portanto o Evangelho não é só uma mensagem de ajuntamento. O Evangelho é uma mensagem que separa, que limpa, que descarta. Porque a mensagem do Evangelho ao longo dos séculos se tornou algo popular. A pregação do Cristianismo se tornou até moda em alguns lugares, teve até artista se convertendo, jogadores de futebol de Jesus. Virou moda empresário dizer que suas empresas se tornaram empresas de sucesso. Se evangélico se tornou "ser chique".




Então o que é o reino? É limpar o sargaço das pessoas que se ajuntaram no Evangelho por motivos que não são. Porque senão fica tudo contaminado, não se sabe mais o que é o que é. A mensagem do Evangelho é: quais os motivos que o trouxeram aqui? Porque se os motivos não forem justos e verdadeiros então a mensagem é para separar quem é quem. Por que tem gente com vários motivos no Evangelho que se converteram com maldade, tem pessoas que fazem orações todas de maldição. Se você está no Evangelho por razões egoístas, interesseiras, ou com uma fuga para fugir da vida, irá encontrar no diabo um mecanismo para se livrar dos seus problemas. 




Então o que é o reino? É desmascarar razões que não são verdadeiras, pessoas que, como lobos vestidos de ovelhas, são como sepulcros caiados. E lembrar que a pregação do Evangelho nos traz recomeço, a pregação para todos nós oferece um novo começo.
A pregação do Evangelho e a ressurreição dos "novos recomeços", do nosso casamento, da segunda manhã, dos nossos sonhos, das nossas emoções; a mensagem do Evangelho é o daqui para frente.

O Evangelho dá novo começo, mas compete à você decidir os seus finalmentes. Porque tem muito peixe bom que vira peixe mal, e muito peixe mal que se torna peixe bom. Padre Antonio Vieira diz que na morte de Jesus morreram mais três pessoas: Judas, um ladrão mal, um ladrão bom e morreu Jesus.




Pregação expositiva do profº Ronaldo Jesus
Assembleia de Deus - Ministério do Belem - Setor 52 - Parque Cocaia - Sede
Domingo, 3 de abril de 2016

 *Ronaldo Jesus
Bacharel em Teologia - Faetesp
Especialização em Hebraico Bíblico e Exegese do Antigo Testamento - Fatisp
Curso de Extensão Universitária em Aramaico Bíblico - USP
Licenciatura em Filosofia - Unifai
Professor de Escola Bíblica Dominical
Cursando Faculdade de Pedagogia

Profº Ronaldo Jesus
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